4.11.15

Nova Iorque, Nova Iorque (preparação)

Não foi uma viagem muito planeada. Bom, minto. Quando estou por detrás há sempre algum planeamento - sou um pouco controladora. O que quero dizer é que não foi planeada com muita antecedência. Queríamos fazer uma viagem este ano, tal como fizemos no ano passado e como esperamos fazer para o ano - uma viagem grande por ano - e tínhamos várias ideias. Quem não tem ideias para viajar? Comecei a fazer as minhas pesquisas online e a pressionar o Manel (desde que voltámos de Marrocos?) que é sempre mais descontraído: já fizeste pesquisas? tens andado a ver viagens? Começaram a surgir algumas ideias: Israel está nos planos há muito tempo, Sri Lanka há algum (mas acho que tem muito potencial para lua-de-mel), Argentina, Peru, Colômbia. Nova Iorque também foi sempre um destino possível mas mais facilmente descartado, com o argumento de que podemos ir a Nova Iorque em qualquer altura/não é uma cidade que vá mudar muito nos próximos anos/pode esperar.

Acontece que no ano passado gostámos de viajar em Outubro e este ano queríamos repetir a época - e começámos a ficar apertados em termos de tempo, para reservas e algum estudo da viagem. Há viagens que exigem maior preparação, maior disponibilidade de tempo para a viagem em si ou para as quais podem existir alturas ideais, nomeadamente por questões meteorológicas, não coincidentes com o que tínhamos pensado. A dada altura, início de Agosto, estávamos bastante entusiasmados com a América do Sul - já falávamos em fazer uma viagem ainda maior, possivelmente duas a três semanas, abrangendo mais do que um país - mas percebemos que devíamos ter começado a tratar de tudo com mais antecedência. São países muito grandes e que para serem conhecidos mais a fundo (sair dos centros urbanos e explorar áreas mais remotas) é necessária alguma preparação logística. A antecedência permite também encontrar opções mais atraentes do ponto de vista financeiro - e estava a parecer-nos tudo um pouco acima do orçamento pensado.

Não ia dar. Estávamos os dois com algum trabalho, ainda teríamos as férias em Porto Covo (sem computador/internet) e achámos que não íamos ter tempo para preparar uma viagem dessa dimensão com cuidado. Não gostamos de fazer as coisas à pressa - e uma grande parte do prazer de viajar está na preparação da viagem, no ainda não fomos mas temos a certeza que vamos, e não quisemos limitar esse prazer para uma viagem dessas. Foi aí que nos lembrámos novamente de Nova Iorque: não é uma cidade que exija muita preparação, basta reservar voos e hotel. É uma cidade para chegar e ficar - não há necessidade de sair - andar na rua e sentir o ambiente. Começámos a ficar entusiasmados, a pesquisar voos e hotéis e foi tudo muito rápido. Tratámos das autorizações para viajar - cidadãos portugueses não precisam de visto para entrar nos EUA mas sim de uma autorização (e de passaporte, claro) - e assim que recebemos a confirmação em como estávamos autorizados a entrar no país marcámos tudo.

Fiquei histérica. Lembro-me perfeitamente do momento: estava sozinha em casa, sentada no sofá da sala com o computador ao colo (costumo ser eu a tratar das reservas e burocracias das viagens - adoro, claro) e a trocar mensagens com o Manel, que provavelmente andava pelo Alentejo ou por Setúbal. Lembro-me de confirmar as datas de ida e regresso uma última vez e de lhe enviar uma mensagem, em letras garrafais, a demonstrar todo o meu entusiasmo por já termos os bilhetes. Iríamos viajar precisamente dentro de dois meses! O tempo passou num ápice mas foi mais do que suficiente para fazermos algumas pesquisas, falarmos com amigos que já tinham ido e viver todo o prazer de sabermos que íamos - o que muitas vezes parece irreal até acontecer mesmo. Fui com grandes expectativas, confesso, e a cidade correspondeu por completo.

Para interessados numa viagem aos EUA: é aconselhável solicitar a autorização para entrar nos EUA antes de marcar viagens e hotéis. O pedido é submetido online, tem um custo de 14 dólares por pessoa e o veredicto é dado dentro de dois a três dias úteis. Não é necessário mais nada. O seguro de viagem ou de saúde/assistência no estrangeiro é facultativo mas normalmente aconselhado pois os cuidados de saúde nos EUA são extremamente caros (há diversos os cartões de crédito que oferecem assistência no estrangeiro, por exemplo). Quanto às nossas reservas: normalmente espreitamos as ofertas das agências de viagem mas temos o hábito de marcar tudo autonomamente, pois costumamos encontrar opções mais em conta/adequadas ao que procuramos. Viajámos na TAP e ficámos num hotel de quatro estrelas muito próximo de Times Square (super promoção do Booking). Pormenores e mais fotografias em breve!

Vista do Top of the Rock - Observation Deck (Rockefeller Center)

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